quinta-feira, 21 de junho de 2012

LAGOINHA TEM HISTÓRIA SIM!
Meu nome é Maura Aline de Paula Sousa, tenho treze anos, estudo na Escola Adélia Barros colaço, curso o 9º ano do Ensino Fundamental ll. Vou contar um pouco sobre minha localidade, que se chama Lagoinha.
Não nasci aqui, sou natural de Cascavel. Mudei para Lagoinha aos cinco anos de idade. Minha família é natural de Beberibe e por esse motivo viemos morar nesta comunidade e somos muito felizes morando aqui.
Para realizar esse trabalho fiz uma pesquisa e também entrevista com os moradores mais antigos da localidade.
A Comunidade da Lagoinha, situada a 2 km da sede de Beberibe, hoje tem esse nome porque quando chove forma-se várias poças de água nas ruas ficam parecendo pequeno lagos onde as pessoas começaram a chamar Lagoinha. Antigamente era conhecida como Cartaxo. Poucas pessoas sabem dessa informação, pois quando era chamada de Cartaxo a comunidade era constituída de pequenos sítios.
Os primeiros habitantes foram a senhora Joana Pires, que morava no antigo Cartaxo, hoje Lagoinha. Biá e Sinhá moravam no Sítio Palmas como também o Senhor José Firmino, Maria José Correia, Joaquim Facó e Maria Facó (pais do Senhor Oto Facó).
A casa mais antiga situa-se no Sítio Novo e pertence ao Senhor Oto Facó, que reside lá até hoje.
A comunidade passou a crescer após a doação de terrenos feitos pelo Senhor João Colaço.
Mais tarde, foi criada a Vila Nova, de terrenos doados por Antonio Queiroz.
A população atualmente conta com aproximadamente 945 pessoa,s 261 famílias, constituídas de agricultores, pedreiros, costureiras, pescadores, artesãos e professores.
A economia da comunidade se dá através da agricultura que basicamente é o caju e muitos ainda plantam, tanto para sobrevivência como para vender, hortaliças, milho, macaxeira e batata. As famílias em sua maioria são carentes e vivem basicamente da renda do Bolsa Família.
Os primeiros agricultores da Comunidade foram: José Bruno, Júlio Felipe, José Helena e Miguel Cândido.
A religião predominante é a Católica, mas já está sendo construída uma igreja Evangélica.
A capela existente na comunidade foi construída em 1998, com a ajuda dos moradores e a primeira missa foi realizada no mês de outubro pelo bispo de Fortaleza, na época, Dom Antônio Tosse. A santa padroeira da Igreja é Nossa Senhora de Fátima, e em sua homenagem é comemorado todos os anos, no mês de maio, os festejos com missa e leilão. A primeira catequista foi D. Lourdinha.
Atualmente a Comunidade Católica é assistida pelos padres Antônio Augusto Menezes do Vale e Pedro da Cunha que celebra missa todos os meses.
As crenças e superstições são grandes, pois tinham fé nas rezas para curas. As primeiras rezadeiras foram: Carminha, Helena, Antônio Bastião, Alzira, Rita Magalhães e José Albano Ribeiro, que hoje é o morador mais idoso da comunidade.
Como a fé é grande o medo é maior ainda, os moradores falam que o caminho do Sítio Palmas tem um cajueiro mal assombrado, onde moradores evitam passar a noite.
A Comunidade era pequena e tinha apenas um comerciante, que era o Senhor Chagas Belarmino e o primeiro barbeiro o Sr. Joaquim de Paula Rodrigues. As primeiras costureiras (a mão) foram: dona Francisca Cândido e Joana Ribeiro.
A Comunidade tinha uma Associação, não teve sucesso. Mas como toda Comunidade têm um líder (alguém que ajuda os moradores) temos em nossa Comunidade uma agente de Saúde Maria Ivonilda Rodrigues da Silva mais conhecida como `` Fia´’. Tem uma função muito importante dentro da Comunidade, a mesma coordena a Capela e contribui para o desenvolvimento da mesma.
Na área da educação a localidade conta com a Escola Adélia Barros Colaço, fundada desde 1986, na Administração do Prefeito Eduardo Bessa de Queiroz. A escola atende da Educação Infantil ao Ensino Fundamental ll.
Hoje contamos com 263 alunos, alguns são de outras localidades, como: Córrego da Cutia e Ponta D’Água.
Com o número elevado de alunos, hoje a Escola foi reformada para melhor atender os alunos. Isso na Administração do Sr. Prefeito Odivar Facó .
Com o crescimento da localidade nos últimos anos e para atender a clientela contamos com sorveteria, lojinhas, pequenas mercearias, locadora de Vídeo game e lanchonete.
Há um clube onde havia festas, mas hoje está desativado. Nos finais de semana há jogos de futebol de campo, sendo assim o único lazer.
As famílias em sua maioria são carentes e como não existe uma área de lazer destinada às crianças e jovens, muitos ficam na ociosidade.
Para atendimento a Saúde é necessário ir a Sede de Beberibe para assim conseguir atendimento médico
Essa é a minha comunidade. Sou jovem, estudante, faço parte do grupo de alunos que contribui para o PSE, Programa Saúde na Escola, e tenho esperança que vou ver minha comunidade crescer cada vez mais. Nós, jovens conscientes e responsáveis, somos o futuro dessa localidade e do nosso Município.

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